tag:blogger.com,1999:blog-8210989392514370754.post1816542385973218277..comments2013-01-15T10:49:49.150-08:00Comments on iavemaria: MOV02189- Romance -- poema de Angelo Ochoa -- dito pelo próprio.MPGwww.angeloochoa.nethttp://www.blogger.com/profile/07250787558568877255noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-8210989392514370754.post-63548641983606642632010-05-31T12:48:14.957-07:002010-05-31T12:48:14.957-07:00Outra vez acendera um cigarro.
Outra vez à janela...Outra vez acendera um cigarro.<br /><br />Outra vez à janela.<br /><br />Outra vez pensara nela,<br /><br />e na última prova.<br /><br />Outra vez deglutira<br /><br />a metade do forçoso comprimido.<br /><br />A véspera fora festa rija:<br /><br />Incendiava-se o dividido fuel.<br /><br />O mundo tornava-se incomportável.<br /><br />Como sair disto?<br /><br />Se só restavam ilusórias seguranças.<br /><br />Tais como janela, cigarro,<br /><br />algum inesperado encontro,<br /><br />água por filtros purificada,<br /><br />ar ventando,<br /><br />de ignorado lugarejo.<br /><br />Donde infamemente renovava?<br /><br />Respirar, agasalhar, vestir,<br /><br />aguardar o alvorecer:<br /><br />O instante idealizado:<br /><br />Indiferença,<br /><br />e não ter que pesar,<br /><br />ao esclarecer soalheiro,<br /><br />a silêncio,<br /><br />brandura,<br /><br />sentimento.<br /><br />Despertar maravilhas;<br /><br />olhares crescendo,<br /><br />barba feita,<br /><br />cara a dar;<br /><br />pobreza, abandono,<br /><br />recôndito provento;<br /><br />fome,<br /><br />divinização,<br /><br />água;<br /><br />pão,<br /><br />vinho,<br /><br />mudez.<br /><br />Noite ante a janela,<br /><br />lidas, rotinas,<br /><br />paradoxalmente<br /><br />até à liberdade:<br /><br />Febre, suor frio,<br /><br />esparguete, fim roído.<br /><br />Beijos sumidos.<br /><br />Chuva miudinha<br /><br />sobre a chapa do carro.<br /><br />Até logo.<br /><br />Barrenta<br /><br />a rampa,<br /><br />o convento,<br /><br />a cerca,<br /><br />terra semeada,<br /><br />irmãzinhas afadigadas:<br /><br />Tudo lento,<br /><br />pleno,<br /><br />da memória.<br /><br />Evasão, ilusão,<br /><br />perpetuar<br /><br />o vasto dia;<br /><br />paisagens arruinadas,<br /><br />por fogo batidas.<br /><br />O deslizar da esferográfica<br /><br />pela completude,<br /><br />a remar a vento agreste,<br /><br />a ondas e marés,<br /><br />estridentando luzes, sons.<br /><br />Gola puxada à gabardina,<br /><br />um nó à cintura,<br /><br />e Celeste,<br /><br />igual,<br /><br />ante imprevisíveis emboscadas,<br /><br />resina d’instantes.<br /><br />A Leste do Paraíso,<br /><br />lembras?<br /><br />O filme não,<br /><br />o livro li há muito.<br /><br />‘Jesus is a soul man!’<br /><br />O mais violento e manso<br /><br />dos humanos.<br /><br />O coração vazio, a alegria.<br /><br />Fugir até à cidade.<br /><br />Que é teu,<br /><br />que, entre casa e rua,<br /><br />não houvesses estragado?<br /><br />Redizes Aleluia?<br /><br />Teus beijos, colombina.<br /><br />Sorrisos, reencontro.<br /><br />Blue-jeans rafadas, sonido.<br /><br />As flores alumiam.<br /><br />Engrinaldam-se trepadeiras.<br /><br />Pássaros cantam<br /><br />o raiar da alegria quente.<br /><br />Cresce<br /><br />o Sinal.<br /><br />Um Te inquiriu<br /><br />se eras Rei.<br /><br />Tu o disseste,<br /><br />respondesTe,<br /><br />a chaga Tua viva,<br /><br />à Jerusalém Sem Fim.<br /><br />Na evocação<br /><br />mais firme<br /><br />dO Teu Nome,<br /><br />subo escadas;<br /><br />e ouço: Nega-te. Segue-Me. Ama.<br /><br />Matar com sono obsessões.<br /><br />‘Um silêncio,<br /><br />com estrelas aparece,<br /><br />pra lá da desolação.’<br /><br />Um anjo desagrilhoou Pedro.<br /><br />Aspérrimo luzeiro<br /><br />sacudindo-o<br /><br />o livrou.www.angeloochoa.nethttps://www.blogger.com/profile/07250787558568877255noreply@blogger.com