tag:blogger.com,1999:blog-8210989392514370754.post244262476862696163..comments2013-01-15T10:49:49.150-08:00Comments on iavemaria: MOV03277_Caleidoscópio_por_Ângelo Ochôa.MPGwww.angeloochoa.nethttp://www.blogger.com/profile/07250787558568877255noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-8210989392514370754.post-16206060717975738422010-06-26T11:32:57.477-07:002010-06-26T11:32:57.477-07:00MOV03277_Caleidoscópio_por_Ângelo Ochôa.MPG(112MB)...MOV03277_Caleidoscópio_por_Ângelo Ochôa.MPG(112MB)<br />http://www.youtube.com/watch?v=kVTWw80KFRY<br /><br />angeloochoa poesia poemas azeite mel fumo rapé som desertos diotima sebastiao da gama arrábida azeitão vila fresca aranha teia arlequins<br /><br />Estreme decifrador dos desertos,<br />só a linguagem musical<br />lhe movia algo.<br />Passou a vida toda<br />encostado a fundo som.<br />Do sonho que o tomou absorto<br />despertou rigorosamente morto.<br />-<br />Diotima,<br />que pousaste<br />em mim<br />o exacto beijo da beleza.<br />Resta-me fechar a porta.<br />-<br /><br />Uma tesoura de mola na sequência.<br />Dum tombo cai o professor.<br />Um tinteiro vazando-se.<br />Ossos doridos a uma faca de espaços.<br />Finos fios fundando sulcos.<br />Uma rapariga a andar<br />com rosas rubras.<br />Um som apenas som a repetidas canções.<br />Pensamentos tecidos de vacuidade.<br />Ansiamos por um dia bom<br />desde manhã à noite.<br />-<br />Os sons enchem o poema,<br />moram dentro,<br />serenidade construtora;<br />entranhada pólvora para paz,<br />tudo fecundam;<br />se lhes resolve a trama que impregnam;<br />sobem à tona e dizem arquitectura a erguer-se.<br />Será sua finalidade o emerso hoje?<br />-<br />Nas íngremes encostas batidas do sol,<br />às oliveiras, por grossas mãos varejadas,<br />tombavam para chão das extensas lonas<br />rebuscados frutos; a quente, no lagar,<br />prensas esmagavam, esteiras chorando,<br />gorda espessura com pegajoso suco;<br />caroços, já desfeita baga, ardiam no lume;<br />pra fundas talhas escorria loiro fio.<br />-<br />Veleiros,<br />não ao sabor do vento<br />ou das marés,<br />sob ágeis pulsos<br />derivam.<br />-<br />‘Aranhinha<br />a tecer a teia.’<br />Aos saltos,<br />quais ágeis galgos,<br />folgando<br />pujantes arlequins.<br />-<br /><br />Sebastião,<br />poeta moço,<br />enquanto estiveste connosco<br />viveste lindo sonho.<br />Ao romper a mansa aurora,<br />vou buscar, nas florinhas<br />esquecidas da tua Serra-Mãi,<br />a canção que és, num redivivo eco.<br />-<br />‘A uma hora destas<br />dependurando-se do cigarrinho<br />na plena burocracia.’<br />Desfaça-se da porcaria,<br />descontraia, respire fundo,<br />rasgue alegrias.<br />-<br />Velhos, grosso ranho,<br />pés nos socos, meias de espessa lã,<br />tossem fundo, e inspiram pachorrento rapé.<br />-<br />Cai em meus braços,<br />cabecita louca,<br />logo te dou mel.www.angeloochoa.nethttps://www.blogger.com/profile/07250787558568877255noreply@blogger.com