57 emendas, ângelo ochoa Miradouro, Castelo de Palmela: Sob fogoso sol, serena baía. - Por Seia, ao primeiro pão quente, suscitam-se-nos operários sonhos. - República Ai Ò Linda: Ao WC mandam caloiro vociferar Camões. - Asdrúbal a voz cava remói abisso. - Crê, é dia; joelhos dobrados na janela. - Estremadura; seca aragem; campestre paisagem; o bicho calmo não cabe em si. - Burga, temíveis raios. - Quando o castanheiro do quintal floriu, a antiga angústia se desvaneceu. - Raúl, o soba negro, prà pedonal Rua Vasco da Gama na Quarteira desterrado Índias fuma num acabrunhado distúrbio. - O Silva contador não suporta vozearia. A tarde toda passou em demoradas leituras das contas EDP. O rock, a nicotina, a cafeína com garotas noutra hora curte. - Do que me dão: O bom Cristo, pão - sem peixe embora.
- Lebre saltadora rasto não topa. - À borboleta ofuscada o sol turba. - Vaca leiteira pasta verde erva verdadeira. - Não chores, madrinha, teu netinho voltou, pra revolver o sol à casa aberta, e arrasar os casulos dos bichos-da-seda. - Da indecisão à quentura a ti própria perquirires. --- cofre do bom cheiro, Maria. - Passada a esquina, após um arco, ao CCB, Loja 6. - Um dia mais a conhecer manhã; divina luz expanda, longe ressoe acrescida música; flua invenção. - Seixo rolado, vezes sem conta batido das vagas, isto. - O lobo-do-mar, investindo rigorosos passos p’la marginal, à distância vai, olhos no farol. - O espeleólogo afunda-se a si. - Enquanto o Sado azula ondulações, gaivotas bicam peixe à flor da água. A amplo espaço abre-se o olhar que até à fera novidade se vai. - Caíste indefesa prò covil das cínicas facadas, sorte madrasta, vómito ritual. Fatimida prodígio, sol resplende. Porque não o comercializam em embalagens? - Sol sumindo a poente, flor a tanger-nos ainda. - Os jogos infinitos, borboletas adejando tonturas. - Teia de aranha na parede esburacada, um canto, desperdícios, uma aldeia em Trás-os-Montes. As bicicletas não andam. A humildade é um verme familiar. Com cerveja e fadiga nos vamos vadiar. - Sereno fundo do lago, sono brando do Outono, abandono. - Pena é que a agenda aponte emergências, contínuo divertimento, mas não determinação. - As rosas brancas beijam-nos completas. - Tenho para ti que o cinamomo - árvore de dificílima declinação - te somes estelar - talvez sim ou talvez sim - tenho - para ti - que os gestos. - Desperta, e enche da flor da neve amêndoa vinho pão meus olhos, minha terra. - Dares quanto tens a quantos encontres. Quanto não tens aO Deus que te sonha os sonhos. Que quanto deres terás. - Ângelo Ochôa Sonhadas Palavras 2ª Edição livros 20 665 poemas parágrafos 5.117 5.120 linhas 106.333 caracteres (sem espaços) 121.714 caracteres (com espaços) 20.485 palavras Portugal Reino de Deus 2xii2010 Ângelo ochoa angeloochoa angelooochoa sonhadas palavras cancao nova poesia viva Quarteira Portugal reino de deus com vento próximo a festa da imaculada Conceição rainha de Portugal poemas poemetos poeminhas ditos de cor autor http://www.youtube.com/watch?v=G3LK2ewxrcI
57 emendas, ângelo ochoa
ResponderEliminarMiradouro, Castelo de Palmela:
Sob fogoso sol, serena baía.
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Por Seia,
ao primeiro pão quente, suscitam-se-nos operários sonhos.
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República Ai Ò Linda:
Ao WC
mandam caloiro vociferar Camões.
-
Asdrúbal
a voz cava remói abisso.
-
Crê,
é dia;
joelhos
dobrados
na janela.
-
Estremadura;
seca aragem;
campestre paisagem;
o bicho calmo
não cabe em si.
-
Burga,
temíveis raios.
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Quando o castanheiro do quintal floriu,
a antiga angústia se desvaneceu.
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Raúl, o soba negro,
prà pedonal Rua Vasco da Gama na Quarteira desterrado
Índias fuma num acabrunhado distúrbio.
-
O Silva contador não suporta vozearia.
A tarde toda passou em demoradas leituras
das contas EDP.
O rock, a nicotina, a cafeína com garotas
noutra hora curte.
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Do que me dão:
O bom Cristo,
pão - sem peixe
embora.
-
Lebre saltadora
rasto não topa.
-
À borboleta
ofuscada o sol turba.
-
Vaca leiteira
pasta
verde erva verdadeira.
-
Não chores, madrinha,
teu netinho voltou,
pra revolver o sol à casa aberta,
e arrasar os casulos dos bichos-da-seda.
-
Da indecisão à quentura
a ti própria perquirires.
---
cofre
do bom cheiro,
Maria.
-
Passada a esquina, após um arco, ao CCB, Loja 6.
-
Um dia mais
a conhecer manhã;
divina luz
expanda,
longe ressoe
acrescida música;
flua invenção.
-
Seixo rolado,
vezes sem conta batido das vagas,
isto.
-
O lobo-do-mar,
investindo rigorosos passos p’la marginal,
à distância vai, olhos no farol.
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O espeleólogo
afunda-se
a si.
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Enquanto o Sado azula ondulações,
gaivotas bicam peixe à flor da água.
A amplo espaço abre-se o olhar
que até à fera novidade se vai.
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Caíste indefesa
prò covil das cínicas facadas,
sorte madrasta,
vómito ritual.
Fatimida prodígio,
sol resplende.
Porque não o comercializam
em embalagens?
-
Sol sumindo a poente,
flor a tanger-nos ainda.
-
Os jogos infinitos,
borboletas adejando
tonturas.
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Teia de aranha
na parede esburacada,
um canto, desperdícios,
uma aldeia em Trás-os-Montes.
As bicicletas não andam.
A humildade é um verme familiar.
Com cerveja e fadiga nos vamos vadiar.
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Sereno
fundo
do lago, sono brando
do Outono, abandono.
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Pena é
que a agenda aponte emergências,
contínuo divertimento, mas não determinação.
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As rosas
brancas
beijam-nos
completas.
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Tenho para ti que o cinamomo -
árvore de dificílima declinação -
te somes estelar -
talvez sim ou talvez sim -
tenho - para ti - que os gestos.
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Desperta, e enche da flor da neve amêndoa vinho pão
meus olhos, minha terra.
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Dares quanto tens a quantos encontres.
Quanto não tens aO Deus que te sonha os sonhos.
Que quanto deres terás.
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Ângelo Ochôa
Sonhadas Palavras
2ª Edição
livros 20
665 poemas
parágrafos 5.117
5.120 linhas
106.333 caracteres (sem espaços)
121.714 caracteres (com espaços)
20.485 palavras
Portugal
Reino de Deus
2xii2010
Ângelo ochoa angeloochoa angelooochoa sonhadas palavras cancao nova poesia viva Quarteira Portugal reino de deus com vento próximo a festa da imaculada Conceição rainha de Portugal poemas poemetos poeminhas ditos de cor autor
http://www.youtube.com/watch?v=G3LK2ewxrcI