domingo, 26 de setembro de 2010

zeca revisto por ochôa.mpg

1 comentário:

  1. Zeca:
    Na tarde lenta recostavas-te pelos bancos corridos da CGD à Luísa Tody
    esperando que caísse na tua magra conta alguma pensão ou tença
    das usualmente concedidas a Famintos de Paz.
    Ar acossado d’anónimo kosovar a quem são dadas roupas lavadas,
    sabonetes, pasta de dentes, toalhas, alguns desodorizantes,
    ousaras soltar teu grito desperto de clarim:
    ‘Um rio de sangue do peito aberto sai.’
    Pague-se-te já agora a paga certa:
    Se, no fim, caíste, faça-se-te no talhão em que não cabes
    reflorir das flores vermelhas da madrugada os frescos cravos,
    pra que para sempre viceje da canção que és a chã certeza.
    zeca revisto por ochôa
    http://www.youtube.com/watch?v=chAZkf9YmkI

    angeloochoa poesia poemas cantos intervenção José Afonso Setúbal Portugal acossado infâmia esperança memória

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