domingo, 30 de maio de 2010

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1 comentário:

  1. Amontoam-se livros, caixas, isqueiros.

    Para a gaveta ficar arrumada há que fechá-la.

    Calcetam-se pavimentos, plantam-se árvores de flores

    resplandecentes p’lo deserto cimento.

    Ouve-se um ruído:

    Alguém a riscar ferro.

    Cafés às moscas.

    Autocarros regularmente certos.

    Estores caídos, largas janelas.

    Computadores desligados, camas vazias.

    Alunos em salas fechadas.

    Motos, ruídos, cães, e automóveis.

    Agressão?

    Estranheza?

    Apaziguamento?

    Se saísse tombava apavorado.
    -
    Jesus,

    inspecciona-me a que ande sempre em Tua luz.

    Volte de novo a comportar-me como menino.

    Nada perca da graça que me dás.

    Respire louvor a minha oração água corrente.

    Cada gesto meu Te seja aprazível oblação.

    Dê-me à vida inteira cada manhã.

    Envolva-me a bondade infinita a clarear.

    Tarde toda acompanhe a Tua Paixão que salva.

    Noite repouse na calma do Teu ombro.

    Frua a cada transe Teu amor,

    que se prolongue.
    -
    De bem longe vem,

    e está à porta, o homem,

    cabelos brancos,

    rugas cavadas, testa alta.

    Traz paz o homem.

    Deixem-no a caminho

    até para lá da porta.

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