Estações do PeregrinoFundos ais chorasTe sobre a arrasada cidade.-Acudas-nos, Ana, Mãe da Nossa Mãe da Paz,e ouve o louvor que com nossos cantos voa.-Tel Aviv: Afazeres, à Pátria Universal.Que consta em teu passaporte?-Bat Yam: Acordaram-nos os olhos pó,às portas da Terra Prometida.-Cesareia: Romanos, lusos, ameríndios, índios, etíopes,nipónicos, arianos, turcos, arménios,ucranianos, croatas, chinos,africanos, gregos, esquimós, hebreus, árabes,à cor irreal, pasmámos.Entrementes, quando nos sentámos, a ver que dava,partiam, adereços aviados, saltimbancos.-Monte Carmelo: Fremindo o sopro.A aberta imensidade ante, a maior grandeza,alma altíssima a olhos dada.O fundo envolve-nos, devolvidos ao claro sonho.-S. João de Acre: Largo voo entre Haifa e Líbano,onde o cedro do caminho.-Stella Maris: Que era d’Iahweh a voz que move.A longe nos levava.-Tíberíades: Descalços pisamos pedras húmidas,perto o manso lago,dormente dorso em vagas.Da faina, na pesca, nos erguemos:Passavas, e seguimos-Te,amigos com a Notícia.-Cafarnaúm sofresTeporque previsTe ruína. Bem Aventuranças: Nova palavra jorrava, estremecia:Ressoando-nos, nos imos fibras do pobre coração,nosso e Teu O Esplendoroso Verbo.-Mar da Galileia: Nas lidas escondidas nos calámos;a lago, ou a bom ar,despreocupação, distensão, acalmia.-Tabor: Sonambulissimamente divagávamos,absortos discorríamos deslumbrando-noso repleto da Luz um dia aclarada sobre a Terra,mal acomodadas as próprias tendas.Até tangermos O Inominável.-Gruta da Anunciação: ‘Verbo caro factum est.’A alentar-nos.Do Anjo a irradiação descida, começo fecundo.-Ein Karen: Miriam, sabias, com o coração,toda a distância compreendida.-Bethlehem: Era tão só crer, a o cintilar a estrela.-Nazareth: Quotidiano escondido, o aí estares.-Canaã: Teu sangue nosso, convivas da alegria.-Jericó: Onde o estranho era irmão.Porque ofereceste boleia ao desfigurado,o Cristo Te sarará também das tuas chagas.-A Jerusalém, cidade das todas as cidades,as acolhedoras portas sempre abertas,por próprio pé, acedemos jubilosos.Um palestiniano, passeando, e assoando-se,à diurna luz, a última paz.Até que nos achássemos definitivamente no templo.-Muro das Lamentações: Pesada a prova da memória.-Piscina Probática: Esquecidos no densíssimo peso,largos anos esperámos que nos soerguesses.-Das Tentações: Acossados, superamos ancestral desespero.-Monte das Oliveiras: ConTigo chorámos o desígnio dUm Pai.-Basílica da Agonia: Um furco perto do Seu pé sangrando,a soldadesca entrega-se a mesquinho passatempo,sobre rabiscos no lajedo, com mínimas pedrinhas.-Via-Sacra: Marcados p’la Tua dor,em Ti morremos.
Estações do Peregrino
ResponderEliminarFundos ais chorasTe sobre a arrasada cidade.
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Acudas-nos, Ana, Mãe da Nossa Mãe da Paz,
e ouve o louvor que com nossos cantos voa.
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Tel Aviv: Afazeres, à Pátria Universal.
Que consta em teu passaporte?
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Bat Yam: Acordaram-nos os olhos pó,
às portas da Terra Prometida.
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Cesareia: Romanos, lusos, ameríndios, índios, etíopes,
nipónicos, arianos, turcos, arménios,
ucranianos, croatas, chinos,
africanos, gregos, esquimós, hebreus, árabes,
à cor irreal, pasmámos.
Entrementes, quando nos sentámos, a ver que dava,
partiam, adereços aviados, saltimbancos.
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Monte Carmelo: Fremindo o sopro.
A aberta imensidade ante, a maior grandeza,
alma altíssima a olhos dada.
O fundo envolve-nos, devolvidos ao claro sonho.
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S. João de Acre: Largo voo entre Haifa e Líbano,
onde o cedro do caminho.
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Stella Maris: Que era d’Iahweh a voz que move.
A longe nos levava.
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Tíberíades: Descalços pisamos pedras húmidas,
perto o manso lago,
dormente dorso em vagas.
Da faina, na pesca, nos erguemos:
Passavas, e seguimos-Te,
amigos com a Notícia.
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Cafarnaúm sofresTe
porque previsTe ruína.
Bem Aventuranças: Nova palavra jorrava, estremecia:
Ressoando-nos, nos imos fibras do pobre coração,
nosso e Teu O Esplendoroso Verbo.
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Mar da Galileia: Nas lidas escondidas nos calámos;
a lago, ou a bom ar,
despreocupação, distensão, acalmia.
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Tabor: Sonambulissimamente divagávamos,
absortos discorríamos deslumbrando-nos
o repleto da Luz um dia aclarada sobre a Terra,
mal acomodadas as próprias tendas.
Até tangermos O Inominável.
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Gruta da Anunciação: ‘Verbo caro factum est.’
A alentar-nos.
Do Anjo a irradiação descida, começo fecundo.
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Ein Karen: Miriam, sabias, com o coração,
toda a distância compreendida.
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Bethlehem: Era tão só crer, a o cintilar a estrela.
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Nazareth: Quotidiano escondido, o aí estares.
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Canaã: Teu sangue nosso, convivas da alegria.
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Jericó: Onde o estranho era irmão.
Porque ofereceste boleia ao desfigurado,
o Cristo Te sarará também das tuas chagas.
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A Jerusalém, cidade das todas as cidades,
as acolhedoras portas sempre abertas,
por próprio pé, acedemos jubilosos.
Um palestiniano, passeando, e assoando-se,
à diurna luz, a última paz.
Até que nos achássemos definitivamente no templo.
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Muro das Lamentações: Pesada a prova da memória.
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Piscina Probática: Esquecidos no densíssimo peso,
largos anos esperámos que nos soerguesses.
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Das Tentações: Acossados, superamos ancestral desespero.
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Monte das Oliveiras: ConTigo chorámos o desígnio dUm Pai.
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Basílica da Agonia: Um furco perto do Seu pé sangrando,
a soldadesca entrega-se a mesquinho passatempo,
sobre rabiscos no lajedo, com mínimas pedrinhas.
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Via-Sacra: Marcados p’la Tua dor,
em Ti morremos.