A SulDonzelas roxas poncítias desmaiam, mas basta do sol um ténue raioe reanima-se a rua; se não tivéssemos bolsos as mãos despedaçavam-se;saltitam avezinhas p’lo empedrado ensaiando uns tímidos devaneios;gaivotas pairam voos altos, brancuras rompem entre neblina;rafeiros vão perdidos em remanescente ruína, já antes noite petrificada;salpicando relva, estremece uma límpida água musical, que purifica;a negrilhos em fila prolongando a avenida parecem ascenderpara os olhos sonhadores do poeta as folhas num amarelento matiz;gotículas do orvalho à clara luz refervidas cristalizam lacrimosas;aéreas flâmulas transmitem morse, vento, murmúrios libertários;na nogueira o estorninho desfaz o bico em açúcar a pissitar;caudalosa a fluir o alto júbilo a hora grita escancarada.
A Sul
ResponderEliminarDonzelas roxas poncítias desmaiam, mas basta do sol um ténue raio
e reanima-se a rua; se não tivéssemos bolsos as mãos despedaçavam-se;
saltitam avezinhas p’lo empedrado ensaiando uns tímidos devaneios;
gaivotas pairam voos altos, brancuras rompem entre neblina;
rafeiros vão perdidos em remanescente ruína, já antes noite petrificada;
salpicando relva, estremece uma límpida água musical, que purifica;
a negrilhos em fila prolongando a avenida parecem ascender
para os olhos sonhadores do poeta as folhas num amarelento matiz;
gotículas do orvalho à clara luz refervidas cristalizam lacrimosas;
aéreas flâmulas transmitem morse, vento, murmúrios libertários;
na nogueira o estorninho desfaz o bico em açúcar a pissitar;
caudalosa a fluir o alto júbilo a hora grita escancarada.