segunda-feira, 31 de maio de 2010

MOV02914_De_2_pgs_das_novas_cidades_de_Israel_d'_Ochôa.MPG

1 comentário:

  1. Lembrar-te a rua,

    percorridas pedras,

    borboletas ziguezagueantes.

    -

    Estrada fora

    trauteava

    Granados,

    plangente solo.

    Era bom

    ter tempo livre,

    não ter que pensar.

    Que mais queria?

    -

    Entre sonido e álcool

    tanto nada.

    Tal Ruy, terreno poeta amável,

    sofro imenso tempo gasto.

    Pareça embora absurdo,

    gosta-se do tempo gasto.

    Uma saudade,

    um chamamento

    para lonjura,

    montanha, ar,

    lua, ribeira.

    -
    (...)
    Ínclito demandante do Graal,

    quando voltarão - pó, revoada -

    alas, e frentes - tuas hostes?

    De um antiquíssimo subterrâneo,

    sonho névoa manhã, reergas -

    uno e muitos - o Portugal.

    -

    Tarde sentada,

    folheiam-se lentos

    in-fólios amarelentos.

    -

    Sei a estrelinha

    a que acedi

    na infância.

    Sei a palavra

    que me deste a dar,

    polpa e fruto.

    Construo

    confiante

    o poema

    submerso

    por zunzum

    fluente.

    -

    Sussurro divino

    através da tenra erva,

    estrelas

    dando-se-nos

    espelhos,

    somos

    um

    corpo

    glorioso,

    a deixarmos

    preencherem-se

    desertos.

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