Canto à Empresa Carlos Costaa obra vai pra uma década começada,porque a acompanhei com vida,dia após dia subindo ante a janelaaberta ao sonho do meu nada.Ao raiar a clara madrugada,o operário arremete a Ernesto o tasco.Pão quotidiano, vulgo carcaças, se demanda.Café é elemento comum amanhecido.A qualquer hora que fosse,que me fumasse pensativo,debruçando-me sobre o alpendre perto,pacíficos agentes nua evidência alevantavam.À força de pás os lixos removidos,guindaste a topo alçando torpe matéria,descidas e subidas ensaiando, terraço, escadaria,sótão, revestimento, azulejos, andaimes,infindos afãs que vislumbrei.Falou Leandro que um ano ao prédio falta.O andar-modelo propõe que sonde esplendoroso.Erguida a céus a torre bloco do melhor sol rouba,que em Acapulco alguém devera me repor,pra atenuar exílios, em que há tempos ando,nuns versos soterrado.
Canto à Empresa Carlos Costa
ResponderEliminara obra vai pra uma década começada,
porque a acompanhei com vida,
dia após dia subindo ante a janela
aberta ao sonho do meu nada.
Ao raiar a clara madrugada,
o operário arremete a Ernesto o tasco.
Pão quotidiano, vulgo carcaças, se demanda.
Café é elemento comum amanhecido.
A qualquer hora que fosse,
que me fumasse pensativo,
debruçando-me sobre o alpendre perto,
pacíficos agentes nua evidência alevantavam.
À força de pás os lixos removidos,
guindaste a topo alçando torpe matéria,
descidas e subidas ensaiando, terraço, escadaria,
sótão, revestimento, azulejos, andaimes,
infindos afãs que vislumbrei.
Falou Leandro que um ano ao prédio falta.
O andar-modelo propõe que sonde esplendoroso.
Erguida a céus a torre bloco do melhor sol rouba,
que em Acapulco alguém devera me repor,
pra atenuar exílios, em que há tempos ando,
nuns versos soterrado.