sábado, 5 de junho de 2010

MOV03026_Nomes_in_Infâmia_Ângelo Ochôa.MPG

1 comentário:

  1. MOV03026_Nomes_in_Infâmia_Ângelo Ochôa.MPG(119MB)
    http://www.youtube.com/watch?v=g3pDgrj_UaA
    poema nomes in infâmia in palavras sonhadas rescritas dito por autor
    angeloochoamanuelpedra annefrank lima holderlin duval machadodeassis brel junqueiro senghor rilke camilocastelobranco simoneweill antero agustina jiménez virgílio manoel tresadavila carlosdeoliveira bellow camões pascoaes kafka becckett federico aragão dostievski boll sophia serpalberto saint-ex rosalia cinatti antoniomarialisboa ruy aleixandrevicente joaoxxiii brandão antoniomachado régio

    Infâmia
    Nomes:
    Anne Frank: Amesterdão: A clarabóia, num sórdido sótão,
    dava para as nuvens, substância sonhada.
    Lima: Povoaste com figuras aladas, bailarins, trapezistas
    o horto amargurado.
    Hölderlin: Vinho divino, ancestral angústia.
    Duval: Cantavas: Havia sorrisos que atravessavam a rua.
    Machado de Assis: Excelente tabelião do idioma.
    Brel: Golpeados os fios que moviam a marioneta,
    eis-te em fuga ante ti próprio.
    Junqueiro: Luz mariana e flor da urze,
    em torno ao simplicíssimo burrico companheiro.
    Senghor: Salmos da África, tambores eclodindo antiquíssimos ritmos.
    Rilke: Soturnos anjos a acolhida noite indiciavam carinhos?
    Camilo Castelo Branco: O Verbo esfarelaste, comum banquete.
    Simone Weil: 3 da manhã, grutas ao metro, em Londres,
    com O Cristo Transeunte acamaradaste.
    Antero: Limpidez, a ideia nova, traída por insanos.
    Agustina: Reerguendo, em painéis, a casa arruinada.
    Jiménez: Moguer tuyo, tu Platero; New York, tu mujer.
    Virgílio: A felicidade pela agricultura, áurea mediania,
    excepcional opção.
    Manoel: Filmaste a cor e luz um Douro duradouro.
    Dante: Ante o fogoso amor continuando a pastorear estrelas.
    Teresa d’Ávila: Dizer-te é dizer Deus; e só Deus basta.
    Carlos de Oliveira: Trabalho infindo, infindo verso.
    Bellow: Àquele que conquistou o mundo que baque inquietante
    lhe diz que algo lhe falta?
    Camões: Rezaste o amor excelente.
    Pascoaes: Peregrino saüdoso, que freme no teu olhar entornado?
    Kafka: Real o ver irreal.
    Hoje a teu pé a noite perturbada.
    Beckett: Absurdo, gratuito grito.
    Federico: Sangre, sol, areia, folhagem.
    Aragão: Não é que o Cristo-Rei se entretem com equilibrismos,
    lançando e aparando no céu vis banquinhos de assento?
    Dostoievski: Universal envergadura eslava, possessos actores.
    Böll: Cataclismos, desumanidade; entreteceres carambolantes prosas.
    Sophia: A perder pra lá a vista,
    na areia a brancura espuma, a onda iluminada.
    Serpa: O que não vias disseste livre.
    Saint-Ex.: O principezinho loiro voa agora em aviões-correio.
    Rosalia: Sar teu rio, Galiza tua terra, saudade comum dor.
    Cinatti: Nem chegaste a explicitar umas certas coisas:
    Desde o Reino em Timor ao engate da garota inglesinha em Sintra.
    António Maria Lisboa: O exactamente especioso.
    Ruy: O dia a dia dos mil nadas.
    Aleixandre, Vicente: Espanhol camarada, o pó ao volante pé cantaste.
    João XXIII: Entranhas misericordiosas geraram tua simplicidade gorda.
    Brandão: Fundo humo teu drama, porque recôndito bicho metafísico.
    António Machado: Declives áridos, e ermos píncaros, correntes riachos,
    tu Castilla.
    Régio: Realeza, cumes, dor, abismo, ferida. Deus se te amercie.

    ResponderEliminar