quinta-feira, 24 de junho de 2010

MOV03266 Infâmia -- poesia escrita e dita por Ângelo Ochôa (2).MPG

1 comentário:

  1. MOV03266 Infâmia -- poesia escrita e dita por Ângelo Ochôa (2).MPG(42.7MB)
    http://www.youtube.com/watch?v=jsGX4ycGmmQ
    angeloochoa eboli infâmia vísceras menino danúbio kafka trapezista samba notre-dame sena mirita poetas paz vento biblia hossana luz

    Com a Clara Pinto Correia e o artista mirandês

    do nome exótico, engendrando ilustrados romances,

    promiscuidades libidinosas,

    furibunda invasão a televisivo canal.

    À pergunta a que era o Messias

    em Eboli diferente do seu,

    o camarada opina prà câmara:

    O povo é cruel, adora vísceras.

    -
    Foste mesmo um menino,

    aos tombos p’lo cais da vida.
    -

    Violinos a sussurrar um Danúbio fotográfico,

    trapezistas kafkianos, vagabundos artistas,

    devastada, imensa alma russa,

    aí vás peregrino.

    Labirínticos atapetados recantos,

    confuso chá, altaneiras tâmaras.

    Enormíssima musical litania,

    samba, mescla santa.

    Cordilheiras, píncaros, mansas enseadas,

    virgens florestas, morrinha, encantatórios ermos.

    Soberana voz amordaçada cantando pra bailico,

    voláteis engenhocas obrigando-nos a baixarmo-nos,

    vergada erva, dunas ondulantes, percorrido vento.

    Que rumoreja o Sena?

    Quem chora em Notre-Dame?

    -

    A cadelinha

    estendia-se

    ao sol

    no lençol da rua;

    árvores

    espreguiçavam-se.

    -

    O lugar em que estás,

    o mais distante.

    -

    Os poetas pararam.

    Ao mesmo tempo

    tiveram a mesmíssima inspiração:

    O ventinho que soprava

    era a grande paz.

    -

    Poesia, tratasse-te por tu,

    que tudo acabaria nu.

    -

    Sento-me na casa.

    Parece não haver

    mais nada a fazer

    do coração.

    -

    No primeiro Sábado

    rejubilou o bom Deus:

    Era pura, plena, a criação.

    Eva, Adão & Filhos, Limitada,

    com o imperativo de dominar mãe terra,

    a conspurcaram.

    Homem Outro, flébil espírito,

    no oportuno tempo,

    reconstrói comum habitação.

    Bem sopra onde quer Um Vento Novo,

    e chora hoje a fio a boa Mãe.

    Bué estopada, fim sem fim.

    Tudo pior que estragado.

    -

    Mistério de Luz:

    Sobre jumenta paz

    sobes a celeste Jerusalém

    e ouves A Aclamação:

    ‘Hossana ao Rei.’

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