MOV03271últimos versos de Infâmia - ângelo ochôa.MPG(99.6MB) Olha o desfeito ar, libérrima floração p’la fonte das moçoilas. Goza-o pra lá das gazelas, à jorrante nascente. - Mãos vazias voos dobrados. - O filho errante a casa volta; do pai, que sempre o esperou, tem abraço e perdão bom que nem mel, a escancarar amanhãs. - Enquanto cristãos, budistas, judeus, muçulmanos clamam paz, tenebroso repórter, aviadas trouxas, engenhos prontos, vai pra noticiar in loco artilharia; a seu recanto fugida uma criança enlevos teima, fazendo terços com aramezinhos, e missangas; dia após dia, burocratas abancados, p’lo inóspito café, mobilizamos fúrias imperturbáveis, ante imprensa, a inquirir terror. - Réstia no cinzento cimento, a alface, carícia a exilado. - Após decepcionantes ilusões retorno a sonegado sabor vivido. - Dar-me à manhã, crescendo magoada saudade; dar-me a caminho aclarado p’lo ar do teu olhar; dar-me à poesia, flor lancinante. - Animal ferido, a guerra deixou-te só, mas alentaste-te descansado. - Dócil à vontade maior, acolhesTe o Sopro Fecundante. Pobre cristão, Te frequente Escola, e Te imite, Miriam, em rota pra O Pórtico. - ‘Saciado com a flor da farinha e o mel dos rochedos,’ livre como um passarinho quereria ser. - Hoje é sábado ou domingo? Aéreas pedras, árvores, aves transmutam-se oração. Alguém permanecerá indiferente ante tal Eclosão, divino amor? Uma rosa arde do íntimo mundo; boca para a palavra, desflora intocável completude. Não, nada dizer, antes ser: Se evolar alma. O eterno dorme no verso, que rima com Maria, Mãe e Fim. Ar mãos pão exílio regresso a pai guerra abraço mel amanhãs Maria mãe fim poesia flor palavra oração alma Maria angeloochoa infâmia versos poeminhas jornalismo terço ´rosário coração do mundo MOV03271últimos versos de Infâmia - ângelo ochôa.MPG(99.6MB) http://www.youtube.com/watch?v=zqiRCumsKt4 http://iavemaria.blogspot.com/2010/06/ultimos-versos-de-infamia.html
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ResponderEliminarOlha o
desfeito
ar,
libérrima
floração
p’la
fonte
das moçoilas.
Goza-o
pra lá das gazelas,
à jorrante
nascente.
-
Mãos vazias
voos dobrados.
-
O filho errante a casa volta;
do pai, que sempre o esperou,
tem abraço e perdão
bom que nem mel,
a escancarar amanhãs.
-
Enquanto cristãos,
budistas, judeus, muçulmanos clamam paz,
tenebroso repórter, aviadas trouxas,
engenhos prontos,
vai pra noticiar in loco artilharia;
a seu recanto fugida uma criança enlevos teima,
fazendo terços com aramezinhos, e missangas;
dia após dia,
burocratas abancados, p’lo inóspito café,
mobilizamos fúrias imperturbáveis,
ante imprensa,
a inquirir terror.
-
Réstia
no cinzento
cimento,
a alface,
carícia
a exilado.
-
Após decepcionantes ilusões
retorno a sonegado
sabor vivido.
-
Dar-me à manhã,
crescendo
magoada saudade;
dar-me a caminho
aclarado p’lo ar do teu olhar;
dar-me à poesia,
flor lancinante.
-
Animal ferido,
a guerra deixou-te só,
mas alentaste-te
descansado.
-
Dócil à vontade maior,
acolhesTe
o Sopro Fecundante.
Pobre cristão,
Te frequente Escola,
e Te imite,
Miriam,
em rota
pra O Pórtico.
-
‘Saciado com a flor da farinha
e o mel dos rochedos,’
livre como um passarinho
quereria ser.
-
Hoje é sábado ou domingo?
Aéreas pedras, árvores, aves
transmutam-se oração.
Alguém permanecerá indiferente
ante tal Eclosão, divino amor?
Uma rosa arde do íntimo mundo;
boca para a palavra,
desflora intocável completude.
Não, nada dizer, antes ser:
Se evolar alma.
O eterno dorme no verso,
que rima com Maria,
Mãe e Fim.
Ar mãos pão exílio regresso a pai guerra abraço mel amanhãs Maria mãe fim poesia flor palavra oração alma Maria angeloochoa infâmia versos poeminhas jornalismo terço ´rosário coração do mundo
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