Vítor Baptista:Foste mesmo o maior na voragem:O coveiro te olhou sublime, autêntico, camarada;sob cinzenta farda, nó cego na gravata,ao padre-nosso murmurado do cura,te reconheceu, no íntimo, como és, seu e meu irmão;lançou-te então boa pazada.Tiveste uma vez a tua mãe.Quando vinda manhã, por Sesimbra do sol,o Jaguar estacionavas, junto ao bar,pra beberes, co’a malta, os derradeiros copos.Vitória Futebol Clube,Lisboa e Benfica,Desportivo Estrelas do Faralhão,concitou-se maralha, feliz sociedade.Jornais vomitaram teu nome em caixa alta,com a verdadeira foto, em primeira página,quando atiras duro para golo.Achavas já o adereço d’orelha.Olha, olha, louco varrido, quanto baste polido,p’lo Bonfim galgas, Apolo montado num cavalo,enquanto clareia além.
Vítor Baptista:
ResponderEliminarFoste mesmo o maior na voragem:
O coveiro te olhou sublime, autêntico, camarada;
sob cinzenta farda, nó cego na gravata,
ao padre-nosso murmurado do cura,
te reconheceu, no íntimo, como és, seu e meu irmão;
lançou-te então boa pazada.
Tiveste uma vez a tua mãe.
Quando vinda manhã, por Sesimbra do sol,
o Jaguar estacionavas, junto ao bar,
pra beberes, co’a malta, os derradeiros copos.
Vitória Futebol Clube,
Lisboa e Benfica,
Desportivo Estrelas do Faralhão,
concitou-se maralha, feliz sociedade.
Jornais vomitaram teu nome em caixa alta,
com a verdadeira foto, em primeira página,
quando atiras duro para golo.
Achavas já o adereço d’orelha.
Olha, olha, louco varrido, quanto baste polido,
p’lo Bonfim galgas, Apolo montado num cavalo,
enquanto clareia além.