terça-feira, 1 de junho de 2010

Vitor Batista

1 comentário:

  1. Vítor Baptista:

    Foste mesmo o maior na voragem:

    O coveiro te olhou sublime, autêntico, camarada;

    sob cinzenta farda, nó cego na gravata,

    ao padre-nosso murmurado do cura,

    te reconheceu, no íntimo, como és, seu e meu irmão;

    lançou-te então boa pazada.

    Tiveste uma vez a tua mãe.

    Quando vinda manhã, por Sesimbra do sol,

    o Jaguar estacionavas, junto ao bar,

    pra beberes, co’a malta, os derradeiros copos.

    Vitória Futebol Clube,

    Lisboa e Benfica,

    Desportivo Estrelas do Faralhão,

    concitou-se maralha, feliz sociedade.

    Jornais vomitaram teu nome em caixa alta,

    com a verdadeira foto, em primeira página,

    quando atiras duro para golo.

    Achavas já o adereço d’orelha.

    Olha, olha, louco varrido, quanto baste polido,

    p’lo Bonfim galgas, Apolo montado num cavalo,

    enquanto clareia além.

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