MOV03266 Infâmia -- poesia escrita e dita por Ângelo Ochôa 1.MPG(40.4MB) http://www.youtube.com/watch?v=9n2bFflqpkQ angeloochoa quarteira setúbal faial sol silêncio maquineta mangushi escriba livro aluna santo sprito lapela pomba melros poupas sol lado Com modorra vai o tempo.
MOV03266 Infâmia -- poesia escrita e dita por Ângelo Ochôa 1.MPG(40.4MB)
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angeloochoa quarteira setúbal faial sol silêncio maquineta mangushi escriba livro aluna santo sprito lapela pomba melros poupas sol lado
Com modorra vai o tempo.
Alvuras tingindo dia.
Preguiçosas ternuras avançando.
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Alguém grita dentre silêncio;
estores, seco estampido;
a um carro na via algum cão ladra.
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À sombra do companheiro no roxo ocaso,
caída sobre rugosa terra, descansadinha,
nutres com sonhos meus devaneios turvos,
dás azo à música que soa p’lo ar nublado,
és carne da loucura que me mantém.
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Algum elo cambiante
espera que se quebre verso?
Som a remexer torpe ouvido?
Melodia não transcrita?
Correnteza extraordinária?
Arrumador de tabacos
na maquineta automática
relata idos com
manguchi independentista.
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O escriba do olhar abrangente
resolvera acabar letrinhas
e abismar-se.
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Nas mãos seguro,
o livro a aluna lê,
a resolver-nos.
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A pomba do Santo ’Spríto
voa-nos da lapela
ao meio-dia em ponto;
linguagens a melros,
poupas
e outras aves sonda,
após regressando.
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Está cá um encantamento por aqui!
Puxaram p’lo sol todo pra baixo?
Ou o sol anda lá p’lo outro lado?