TAGS Poesia poemas angeloochoa rock nicotina cafeína garotas edp leituras geladaria município baixa Setúbal autoclismo Einstein madrugar claridade TAGS Poesia poemas angeloochoa portela Funchal Zurique swissair boisdebologne Setúbal faro porto barcad’alba Coimbra Lisboa tua Bragança Leiria Quarteira cemsoldos cardanha braga alfaãndega da fé Vimioso saosalvados trindade cerejais Bonfim s.luis ginasiodalcobaça 28demaio grupodesportivode Bragança
3 poemas de Ângelo o Ochoa http://www.youtube.com/watch?v=KZB766-OaB0 _Episódicos_Circunstanciais___Ângelo Ochôa.MPG(84.4MB) Grupo Desportivo de Bragança: Longa era a marcha até lá, amplo o descampado. 28 de Maio: Convivas abancados, sobre pedra. Ginásio de Alcobaça: Para uns o resultado acabava por dar certo: De tantas paragens vindos, saboreávamos, reunindo-nos, quase destino, o ar domingueiro. S. Luís: Aparício tentava repor a verdade nos descontos, mas os passes, para a grande área, não resultavam como queríamos. Bonfim, Setúbal: Vitorioso disparo, o do Henriques; e o sol explodiu. - Cerejais: A graça e a luz: Beethoven por telhados aluados. Trindade: Horror ao escuro, cultivos, ledos campos; a escola, paredes-meias à casa; jovens criadas, bambas cadeiras, luxúria, um crucifixo. São Salvador: Brinquedos destroçados, nevões a largo. Vimioso: Nasce-nos um irmão; lavagens, toalhas, azáfama, água morna. Alfândega da Fé: Leituras nas longas tardes. Escadarias, sobrados esfregados, tralha acumulada por pátios, velhos trastes, empenados gradeamentos. Coimbra: Sótão pra ideias, escritos a esmo, duro afã, desalento, e reerguermo-nos. Braga: A desoras a voz da bela explicadora. Cardanha: Sob cobertores-de-papa: ‘Manuel Ângelo, ainda lês?’ Eu com os pascoais Belo e À Minha Alma. ‘Vá, apaga a luz, e dorme.’ Lisboa: Clara nuínha no banho, baques infantes, encantamento. Cem Soldos: Ecoa hora o relógio antigo; inaugural sorriso, p’la manhã. Quarteira: Abertas à luz janelas e varandas. Leiria: Noctívago revolver versículos; risos e ledices. - Do Tua a Bragança: Vinhedos, fragas, urzes, giestas, estevas, monte, o Taunus verde torneando curvas. Do Porto a Barca d’Alva: Acompanhávamos o curso d’oiro. De Coimbra a Lisboa: Por férreas estruturas revolvemos poemas. De Setúbal a Faro: Se por demais sobrecarregados, lançávamos janelas fora olhos emocionados. P’lo Vale da Vilariça: As mesmas histórias, vezes incontáveis. Até ao Bois de Bologne: Pra trás ficou o vão tremor. Portela/Zurique: Enquanto a Swissair nos tem na refeição, ternos se nos evolam os gestos lentos. Funchal/Portela: Rectângulos sob relâmpagos, mondriânicas extensões. Caído a solo alado pé, devolvíamos ao deserto local viajados traumas.
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3 poemas de Ângelo o Ochoa
http://www.youtube.com/watch?v=KZB766-OaB0
_Episódicos_Circunstanciais___Ângelo Ochôa.MPG(84.4MB)
Grupo Desportivo de Bragança: Longa era a marcha
até lá, amplo o descampado.
28 de Maio: Convivas abancados,
sobre pedra.
Ginásio de Alcobaça: Para uns o resultado
acabava por dar certo:
De tantas paragens vindos,
saboreávamos, reunindo-nos,
quase destino, o ar domingueiro.
S. Luís: Aparício tentava repor a verdade nos descontos,
mas os passes, para a grande área,
não resultavam como queríamos.
Bonfim, Setúbal: Vitorioso disparo, o do Henriques;
e o sol explodiu.
-
Cerejais: A graça e a luz: Beethoven por telhados aluados.
Trindade: Horror ao escuro, cultivos, ledos campos;
a escola, paredes-meias à casa;
jovens criadas, bambas cadeiras, luxúria, um crucifixo.
São Salvador: Brinquedos destroçados, nevões a largo.
Vimioso: Nasce-nos um irmão; lavagens, toalhas, azáfama, água morna.
Alfândega da Fé: Leituras nas longas tardes.
Escadarias, sobrados esfregados, tralha acumulada por pátios,
velhos trastes, empenados gradeamentos.
Coimbra: Sótão pra ideias, escritos a esmo,
duro afã, desalento, e reerguermo-nos.
Braga: A desoras a voz da bela explicadora.
Cardanha: Sob cobertores-de-papa: ‘Manuel Ângelo, ainda lês?’
Eu com os pascoais Belo e À Minha Alma. ‘Vá, apaga a luz, e dorme.’
Lisboa: Clara nuínha no banho,
baques infantes, encantamento.
Cem Soldos: Ecoa hora o relógio antigo;
inaugural sorriso, p’la manhã.
Quarteira: Abertas à luz janelas e varandas.
Leiria: Noctívago revolver versículos; risos e ledices.
-
Do Tua a Bragança: Vinhedos, fragas, urzes,
giestas, estevas, monte, o Taunus verde torneando curvas.
Do Porto a Barca d’Alva: Acompanhávamos o curso d’oiro.
De Coimbra a Lisboa: Por férreas estruturas revolvemos poemas.
De Setúbal a Faro: Se por demais sobrecarregados,
lançávamos janelas fora olhos emocionados.
P’lo Vale da Vilariça: As mesmas histórias,
vezes incontáveis.
Até ao Bois de Bologne: Pra trás ficou o vão tremor.
Portela/Zurique: Enquanto a Swissair nos tem na refeição,
ternos se nos evolam os gestos lentos.
Funchal/Portela: Rectângulos sob relâmpagos,
mondriânicas extensões.
Caído a solo alado pé,
devolvíamos ao deserto local viajados traumas.