quinta-feira, 24 de junho de 2010

_Episódicos_Circunstanciais___Ângelo Ochôa.MPG

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    3 poemas de Ângelo o Ochoa
    http://www.youtube.com/watch?v=KZB766-OaB0
    _Episódicos_Circunstanciais___Ângelo Ochôa.MPG(84.4MB)
    Grupo Desportivo de Bragança: Longa era a marcha
    até lá, amplo o descampado.
    28 de Maio: Convivas abancados,
    sobre pedra.
    Ginásio de Alcobaça: Para uns o resultado
    acabava por dar certo:
    De tantas paragens vindos,
    saboreávamos, reunindo-nos,
    quase destino, o ar domingueiro.
    S. Luís: Aparício tentava repor a verdade nos descontos,
    mas os passes, para a grande área,
    não resultavam como queríamos.
    Bonfim, Setúbal: Vitorioso disparo, o do Henriques;
    e o sol explodiu.
    -
    Cerejais: A graça e a luz: Beethoven por telhados aluados.
    Trindade: Horror ao escuro, cultivos, ledos campos;
    a escola, paredes-meias à casa;
    jovens criadas, bambas cadeiras, luxúria, um crucifixo.
    São Salvador: Brinquedos destroçados, nevões a largo.
    Vimioso: Nasce-nos um irmão; lavagens, toalhas, azáfama, água morna.
    Alfândega da Fé: Leituras nas longas tardes.
    Escadarias, sobrados esfregados, tralha acumulada por pátios,
    velhos trastes, empenados gradeamentos.
    Coimbra: Sótão pra ideias, escritos a esmo,
    duro afã, desalento, e reerguermo-nos.
    Braga: A desoras a voz da bela explicadora.
    Cardanha: Sob cobertores-de-papa: ‘Manuel Ângelo, ainda lês?’
    Eu com os pascoais Belo e À Minha Alma. ‘Vá, apaga a luz, e dorme.’
    Lisboa: Clara nuínha no banho,
    baques infantes, encantamento.
    Cem Soldos: Ecoa hora o relógio antigo;
    inaugural sorriso, p’la manhã.
    Quarteira: Abertas à luz janelas e varandas.
    Leiria: Noctívago revolver versículos; risos e ledices.
    -
    Do Tua a Bragança: Vinhedos, fragas, urzes,
    giestas, estevas, monte, o Taunus verde torneando curvas.
    Do Porto a Barca d’Alva: Acompanhávamos o curso d’oiro.
    De Coimbra a Lisboa: Por férreas estruturas revolvemos poemas.
    De Setúbal a Faro: Se por demais sobrecarregados,
    lançávamos janelas fora olhos emocionados.
    P’lo Vale da Vilariça: As mesmas histórias,
    vezes incontáveis.
    Até ao Bois de Bologne: Pra trás ficou o vão tremor.
    Portela/Zurique: Enquanto a Swissair nos tem na refeição,
    ternos se nos evolam os gestos lentos.
    Funchal/Portela: Rectângulos sob relâmpagos,
    mondriânicas extensões.
    Caído a solo alado pé,
    devolvíamos ao deserto local viajados traumas.

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